A Radiestesia da Pré-História à Idade Média

Texto  complementar para estudo da Primeira reunião.
Avançado. Informações históricas.

A RADIESTESIA DA PRÉ-HISTÓRIA À IDADE MÉDIA
Pode-se dizer que a radiestesia é tão velha quanto o próprio homem.
Em seu livro “Two Years in Peru” (Londres – 1873), Thomas J. Hutchinson cita documentos arqueológicos peruanos, datados de pelo menos 9.000 a.C., que mostram indícios do uso da radiestesia.
Em 1949 foram descobertos nas cavernas de Tassili, próximo ao Monte Atlas (Noroeste da África), quatro painéis pré-históricos. O teste do carbono 14 demonstrou que estas pinturas rupestres têm mais de 8.000 anos. Num dos painéis vê-se um feiticeiro, rodeado por seus companheiros, supostamente fazendo prospecção de água com uma vareta.

Um baixo relevo da época da dinastia Han, encontrado na província chinesa de Shandong, mostra o imperador King Yu com um
instrumento semelhante a um diapasão. Yu, que nasceu em torno do ano de 2.205 a.C. e foi o fundador da dinastia Hsia, era tido como
grande conhecedor das águas subterrâneas, cujos veios descobria facilmente para seu povo.
A Bíblia faz numerosas alusões ao uso da vareta radiestésica, chamada pelos hebreus de “Vara de Jacó”. O mais famoso radiestesista
bíblico foi Moisés, que no deserto de Sinai encontrou água em Horeb com seu cajado.
Anteriormente aos hebreus, os egípcios já se utilizavam da radiestesia, como atestam os pêndulos e varetas encontrados em sarcófagos do Vale dos Reis.
Entre os romanos a vareta radiestésica, que eles chamavam de “vírgula divina” (vara divinatória), foi usada para descobrir águas subterrâneas para suas tropas na Gália e na Germânia. Supõe-se que as fontes termais romanas tenham sido descobertas por métodos radiestésicos.
No século 5 a.C. o historiador Heródoto escreveu sobre o uso da vara divinatória pelos citas.

Este povo nômade iraniano errava pelas estepes da Transcaucásia (hoje Rússia Meridional) e, em suas prospecções de água, utilizava varas de salgueiro. O historiador latino Ammianius Marcellinus, autor de uma obra sobre a história de Roma, refere que as varas de salgueiro eram muito usadas pelos alanos, ilírios e hunos.
Na Idade Média a radiestesia foi bastante usada na prospecção de minérios. Em 1556 o médico alemão Georgius Agrícola (latinização
de Georg Bauer – as palavras Bauer e agrícola significam camponês) publicou em latino o livro “De Re Metallica” (Dos Metais) sobre
prospecção mineral. Neste livro Agrícola diz que os mineiros usavam varas de diferentes árvores para a busca de minérios: aveleira para a prata, freixo para o cobre, pinheiro negro para o chumbo e o estanho.
Para o ouro e a prata muitos mineiros preferiam as varetas de ferro.
O uso da vareta na prospecção mineral e na busca de água foi condenado pela igreja e pela ciência durante muito tempo. Tal atitude foi devida à incompreensão do mecanismo intrínseco na radiestesia e ao fato de, na época, se atribuir aos rabdomantes a manipulação e envolvimento com forças sobrenaturais e espíritos diabólicos. Entretanto diversos padres se voltaram ao estudo da “vírgula divina”, entre eles citamos o jesuíta alemão Athanasius Kircher (1602-1680) Kircher criou sua própria vareta para prospecção mineral à qual denominou “virgula metalloscopica” (vareta detectora de metais). Este jesuíta com seu colega padre Bernard Caesius, era de opinião que a vara não podia se mover por si mesma e, portanto, o próprio operador é que de algum modo inconsciente a movimentava.

fonte:Curso Básico de Radiestesia – FDL

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