A Radiestesia Francesa

Primeira reunião – texto complementar para estudo
Avançado.

A RADIESTESIA FRANCESA

No final do século 17 a rabdomancia, como era chamada a radiestesia, espalhou-se por toda a Europa.
Em 1688, na França, o rabdomante Jacques Aymar criou fama, por sua habilidade em descobrir coisas e desvendar casos policiais através da rabdomancia. Em 1693 Pierre Le Lorrain, abade de Vallemont, publica em Paris o livro “Traité de La Baguette Divinatoire. Pierre Thouvenel, eminente médico de Nancy, publica em 1781 (Paris) o livro” Mémoire Physique et Medicinal “, demonstrando a relação evidente entre os fenômenos radiestésicos, magnéticos e elétricos, apoiando-se nas experiências do pesquisador de fontes Barthélemy Bleton.

Antonine Clement Gerboin, professor da Faculdade de Medicina de Strasbourg (França), após numerosas experiências com pêndulos trazidos da Índia, elaborou em 1798 uma complexa teoria para explicar os movimentos pendulares. Em 1806 publicou em Strasbourg seu livro “Recherches Expérimentales sur um Nouveau Mode de L’ action Életrique”. Na mesma época de Gerboin o abade Guinebault usava pêndulos chineses para pesquisar fontes. Até então a radiestesia européia era praticada somente com varetas metálicas ou de madeira.
A partir daí o pêndulo tornou-se o instrumento habitual dos pesquisadores de fontes.
Em 1846 Desplaces a Chovert, alunos da Escola Politécnica de Paris, aplicam a radiestesia à medicina e apresentam à Academia de Ciências de Paris um trabalho sobre o seu valor científico, detalhando experiências com o pêndulo. Este trabalho, com um outro de Riondet de Hyeres, – sobre a vara para explorar águas subterrâneas, e arquivado por ação de acadêmico Michael E. Chevreul. Em 1812 uma comissão da academia, presidida por Chevreul, tinha concluído pela negação da radiestesia e desde então este acadêmico se tornou um contumaz detrator do fenômeno radiestésico. A história e diversos fatos científicos, comprovados experimentalmente, vieram provar que as conclusões de Chevreul estavam erradas.
O engenheiro Henri Mager, presidente da Sociedade de Radiofísica de França, publica em 1907 dois livros sobre radiestesia hidromineral, referindo-se com freqüência aos métodos de Jansé, radiestesista de Bordéus.

Em 1892 o abade Aléxis Bouly cria o termo “radiestesia” (do latim radius = raio e do grego aisthesis = sensibilidade) com o qual apresentou seus trabalhos no I Congresso Internacional de Rabdomantes, organizado em Paris (1913) pela sociedade de Psicologia Experimental de França. Bouly foi o primeiro a instituir regras para sistematizar o funcionamento da radiestesia. Em 1919 Mermet, que era conhecido como o Príncipe dos Radiestesistas, criou a telerradiestesia, inspirado no trabalho do abade Paramelle, que achava fontes através de mapas. Logo a seguir, em 1920, uma nova comissão da Academia de Ciências de Paris, integrada, entre outros, por D’Arsonval, Berthelot Branly, Richet, Bigourdan, Lindel e Perrier elabora um parecer favorável à radiestesia. Os ilustres cientistas D’Arsonval e Branly declararam: “A ciência das radiações é a ciência do porvir e de bom grado nós patrocinamos a radiestesia”.
O abade Mermet publica em 1928 o livro “Le Pendule Révélateur”, mais dois livros em 1938 e, finalmente, em 1944 a Maison de la Radiesthésie publica seu famoso livro “Comment J’opere”, considerado a bíblia dos radiestesistas. Em abril de 1933 se realizou o Congresso Internacional de Avignon com a participação de onze países e a consagração do termo “radiestesia”. Este congresso foi organizado por Armand Vire, Henry de France, Delatre e Mermet.
Os pioneiros da radiestesia médica foram o abade Aléxis Bouly e o padre Jean-Louis Bordoux, que mais tarde vieram a inspirar o padre Jean Jurion que também se dedicou a este ramo da radiestesia.
Bouly estudou as vibrações microbianas e sua influência sobre o corpo humano. Como era tido como investigador científico teve a ajuda de vários médicos em seus experimentos. A maioria de suas pesquisas se deram nos hospitais de Boulogne-sur-Mer, Barch-Plage, Lille e na cidade belga de Lieja.
Bouly usava técnicas de radiestesia semelhantes às do abade Mermet e foi o descobridor do raio solar, o qual era denominado por Mermet de raio luminoso.
O padre Jean-Louis Bourdoux passou 16 anos em uma missão franciscana do Mato Grosso (1905-1921). A missão ficava em Poconé, perto do Rio Gomes e nas cercanias de Cuiabá. Graças aos remédios da flora local, ministrados por índios que freqüentavam sua missão, Bourdoux pôde curar sua tuberculose e uma intensa anemia. A partir de sua cura padre Bourdoux se dedica ao estudo radiestésico das propriedades terapêuticas de nossa flora.

De volta a França leva os extratos das plantas estudadas e os dilui para alguns médicos homeopatas administrá-los a seus pacientes. Tais remédios, chamados de Poconéols em homenagem à missão de Poconé, se mostraram bastantes eficazes e ainda hoje são utilizados na França. Depois de vários anos de estudos e práticas, e nova visita às selvas brasileiras, Bourdoux publica sua clássica obra “Notions Pratiques de Radiesthésie pour Les Missionaires”.

Um divulgador da telerradiestesia, prospecção à distância, foi Emile Chrystophe que em 1933 publica em Paris um precioso livro intitulado “La Téléradiesthésie”. O termo telerradiestesia foi criado por Christophe.

fonte:Curso de Radiestesia – FDL

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