Sala do Paltalk – A magia do som

Estava lendo uma matéria publicada pela UOL que comentava sobre o aumento do uso do rádio. A matéria chamou minha atenção porque tenho uma atração muito grande por radiocomunicações, sou Radioamador desde criança e todo assunto ligado ao rádio me atrai.

A matéria relata o aumento de pessoas interessadas em ouvir rádio e apresenta vários exemplos de pessoas que diariamente fazem uso do rádio e destaca que tem aumentado o número de audiência das rádios.

Cita a música que Roger Taylor, baterista do Queen, que escreveu “Radio Gaga” — uma homenagem ao rádio, seu companheiro de “noites adolescentes”. Na canção, Taylor pede para que o dispositivo não desapareça: “Fique por perto / Porque nós podemos sentir sua falta / Quando nos cansarmos de todo esse visual”.

Diz a matéria que no período da pandemia houve um aumento de 20% na audição de rádios, que 71% dos brasileiros ouvem a mesma quantidade ou mais de rádio e que desde 2018 vem aumentando.

Mas o que me chamou a  atenção foram os comentários dos psicólogos e especialistas em comunicação que incluo abaixo:

Uma psicóloga que trabalha com a TopMed, uma empresa de atendimento à distância, acredita que, em tempos de isolamento, ouvir outras vozes é o mais próximo que podemos ter de contato com outras pessoas sem sair de casa. “A voz cria identificação afetiva. Do ponto de vista cognitivo, o som trabalha mais com a ideia de proximidade, enquanto as imagens têm mais ruídos e elementos que distraem“…

“Quando o som é decodificado pelo nosso cérebro, primeiro ele passa por regiões ligadas à emoção e à memória. Só depois ele é interpretado pela razão”, explica Júlia Albano, doutora em comunicação e semiótica pela PUC-SP…

A audição é um dos primeiros sentidos que desenvolvemos, ainda quando somos fetos. “O primeiro é o tato. Já com oito semanas de gestação, o embrião possui as primeiras enervações no corpo”, diz Norval Baitello Jr., doutor em ciências da comunicação pela Universidade Livre de Berlim e professor no programa de pós-graduação da PUC-SP. “Já a audição é uma especialização do tato, que também passa a funcionar com poucos meses de gestação. O feto sente um mundo de sons ininterruptos, o coração da mãe batendo forte do seu lado, os movimentos intestinais, a voz da mãe ressoando internamente”, explica….

Em alguma medida, a audição nos remete a esse conforto dos tempos de ventre. “Nossa audição nos reconforta. Cria-se uma protomemória do som como aconchego. Ele é quente, úmido. Estimula o corpo. O som, portanto, tem uma história presente na nossa ontogênese“, diz Baitello….

Ao ler estes comentários lembrei-me da sala no Paltalk.

Acredito que fiz a escolha de usar o Paltalk, — um programa antigo e onde predomina o áudio e não a imagem —, exatamente pelas questões elencadas acima, e quando comento na sala que sinto uma alegria muito grande em ouvir a voz dos filhos é uma afirmação verdadeira.

Por isso que muitas vezes insisto para que usem o microfone, falem, nem que seja somente uma boa noite.

O texto também comenta que devido a evolução tecnológica, estamos todos saturados de imagens e vídeos e que ouvir o som é menos cansativo.

É por isso que mais uma vez convido a todos a participarem e falarem ao microfone.  Deixem que todos ouçam sua voz, com esta ação simples você estará fazendo muitas pessoas felizes.

Finalizo registrando que ontem (17/09) tivemos uma reunião muito gostosa, sala cheia (36 pessoas), com visitantes muito interessados, lembro dos comentários do Ronaldo, que de Barcelona fica acordado até as 04:00 horas da manhã participando da sala e se sente agradecido a Deus por estar participando e aprendendo sobre espiritualidade.

Abraços a todos!

Saravá!!

Pai Manoel Lopes

Fonte: https://tab.uol.com.br/noticias/redacao/2020/09/16/por-que-estamos-ouvindo-cada-vez-mais-radios-e-podcasts.htm

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